sábado, 24 de abril de 2010

"Para tudo há um momento e um tempo"... pensou o rapaz.. Tempo de crescer, de aprender.. Tempo de rir e de chorar, tempo de construir.. de evoluir.. Às vezes, na vida, estar "sozinho" é a melhor maneira de apreender tudo isto.. "sós" estamos mais alerta, mais atentos e mais disponíveis para adquirir e processar toda essa "informação". Era uma vez um rapaz.. que num desses dias de atenção, viu passar "a paixão".. "o amor".. "o desejo".."a partilha"..
Era uma vez um rapaz.. que percebeu nesse dia que alguma coisa estava, iria mudar.. que ficou grato pela "espera".. que teve a sorte de estar "só" e atento naquele dia.. Era uma vez um rapaz que deixou alguém a pensar nisto..

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sim, sou eu..

Entregar-me ás palavras é exorcizar sentimentos que me ocupam a mente.. é dar asas a ideias que se amontoam e atropelam à procura de um lugar e de um espaço onde façam sentido. Tudo que vejo e sinto, transformo em matéria delicada que o meu cérebro debita à velocidade da luz. Não sei fazer de outra forma, não aprendi a ser de outra forma e nunca ninguém me ensinou a ser desta. Sim sou quem escreve e ás vezes até nem queria ser. Ás vezes gostava de não ser eu no corpo que me transporta e suporta pelo mundo, gostava de não saber quem escreve tudo isto e não saber o que leva alguém a escrever e a voltar atrás no tempo de todas as vezes que o faz. Serei pouco inteligente talvez.. serei alguém desprovido da capacidade de se desligar daquilo que não se vê, daquilo que na realidade nem existe..pura ilusão. Todas as ideias que me atravessam a alma têm ideias e essa multiplicação é o resultado da ideia que tenho de mim, daquilo que eu sou, de quem eu sou.. Eu, simplesmente..!?!?!..

quarta-feira, 17 de março de 2010

Estou despido de sentimentos que fazem da minha alma de gente..
O que resta daquele que ontem seria o homem dos homens, é um fluído desgraçado que não tarda em desaparecer.. Sou agora nada mais do que restos de mágoa e desespero.. a vida está já longe demais para eu a poder alcançar e falta-me a força necessária para esboçar uma saída, que certamente, não me iria levar a lado nenhum.. deixo-me estar.
Tenho a perseguição dos teus olhos cravada na minha existência.. segues-me enquanto eu me perco pelos devaneios da tua falta, segues o movimentos das minhas mãos tremulas enquanto escrevo e sabes de cor aquilo que vou escrever a seguir.. segues-me quando eu choro de indignação, segues-me quando seco as lágrimas e te olho nos olhos, tentando perceber onde estou..onde estás..!?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

..É fria a sala, assim, sem a tua presença.. A tua imagem, já faz parte do cenário deste espaço! A tua voz, o teu cheiro, o teu gozo, o teu riso, o teu sorriso, o teu suspiro.. pairam por aqui e embalam as horas que passo sem ti. Fecho os olhos e sinto o toque da nossa pele, o entrelaçar das nossas pernas, o passear das nossas mãos, o arrepio do nosso beijo.. Fecho os olhos e vejo vidas que se encontram, que se cruzam.. Num dia fazes parte do mundo, no outro fazes parte do meu.. restrito e fechado..!! De olhos fechados imagino-te a percorrer a casa.. sei ao pormenor o som dos teus passos.. Vejo-te no jardim com um sorriso rasgado, que se deve ao som dos risos de crianças que correm à nossa volta.. o sol ilumina o momento e a paz toma conta do meu sono.. do meu sonho.. Abro os olhos e estou sereno.. olho-me ao espelho e vejo um homem tolo.. que sorri..!!!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Que relâmpagos em fúria se abatam sobre as nossas cabeças e iluminem as madrugadas obsessivas, em tempo de insanidade fiel a princípios animais. Acalmai os vossos desejos mais obscuros e brindai à essência pura daqueles que desconhecem a tortura do prazer. Reconhecer a fraqueza do homem é descobrir a liberdade. Loucos são aqueles que procuram a paz sem no entanto nunca terem baixado as armas. O silêncio é o pior dos massacres e as palavras o mais eficaz dos suicídios.

quarta-feira, 1 de abril de 2009



Sentidos!?..

A sede, o fascínio, o desejo, a força, a vontade, o propósito, a astúcia dos passos, das lembranças. O caminho turvo, entre desfiladeiros de erva húmida e cheiro a terra. A falta da presença, num espaço maior que a saudade. O desatino. A dor. Os olhos que vêem aquilo que o coração confirma e a alma reconhece. Os sinais, os avisos, as voltas da gente, o cio do povo mergulhado em si, longe da realidade e muito perto da convalescença. Eterna perseguição do sonho. Desilusão. Eterno recomeçar. Caminhar pesado e lento. O medo. O divino. A falsa comunhão. Pensamentos. O desiquilibrio do corpo, o devaneio da mente, o riso. Mais medo... A tortura.
Olha-me nos olhos. O que vês?? Fuga!! Terei desviado o olhar mesmo antes do teu cérebro ter esboçado a ideia de me fitar. Quem sou eu para procurares algo em mim!? Deixei de ver muito antes de ter nascido. Vejo com os olhos de gerações e gerações tolas e também não sei o que procuro. Não me procures. Não te deites ao meu lado, não sei se quero acordar amanhã. Não sei ainda se vou dormir hoje para não ter de decidir. Foge. Solta os passos e corre. Estarás melhor longe de mim. Longa seja a tua viagem.. Até sempre..

. . . A espera,

Condescendente num império perdido. Sem palavras amenas mas sisudas, entre pó e cinzas de um qualquer fogo há muito extinto. Silêncio frio, que faz ressaltar a amargura no gosto daqueles cujo o tempo há muito se transformou em espaço e cujo o espaço não passa agora de tempo perdido.
Fujo de mim porque não me quero conhecer. Fujo de mim porque sinto que não sou eu a cada segundo que passa. Fujo porque não me reconheço hoje, não me reconheci ontem e é com revolta que vejo em mim o medo de não me reconhecer amanhã.
Noite!?!? Qual noite!?!? Está tudo tão claro!!!

... Estará!?!? ...